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Das promessas de um ano novo

«Não me levem a mal. Até eu embarco nesse optimismo sazonal e, de preferência, ligeiramente ébrio. Mas na ressaca e quando a dor de cabeça vem dar razão ao pessimista do costume a mesma pergunta regressa: porque raio desejamos o que será extraordinário acontecer? E mais bizarro ainda: porque diabo nos comprometemos a mentir descaradamente a nós próprios?»

Nuno Miguel Guedes, no Hoje Macau (30 Dezembro 2020)

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