«Queria que acontecesse de modo semelhante, o leitor sem saber ao que vai, recebendo nas mãos um certo «Tom», e no gesto mudando a melodia dos dias. Distraidamente, terá talvez visto as três letras dançando, nos cantos inferiores da convenção. Aqui uma onda, com a linha do t prolongado atirando o redondo o pelos montes do m, delícia de movimento, a mão a fazer da assinatura ponto final. Casos há distintos, em que o t faz de antena e raiz, linha recta procurando profundezas no vazio, as restantes letras um horizonte ainda por estender. E outras declinações ainda nomeiam o produtor das imagens, um entre tantos outros, nem se dá por ele na poeira do tempo.»
João Paulo Cotrim, no Hoje Macau (30 Dezembro 2020)