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A pretexto do «Diário das nuvens»

Nuvens

Em véspera de novo fechamento, rodeados de desgraças e perplexidades, o João Francisco Vilhena, com quem já estava a desenvolver uma boa mão cheia de ideias, desafiou-me para um «Diário das nuvens». Uma fotografia sua do mais enigmático dos elementos trataria de despertar micro-narrativas.«Era a porta da rua. Não do prédio, mas da rua. O exterior, que costumava ser de todos, vedava-se. A ideia encontrava-se entalada no exacto espaço entre entrada e saída.» Estamos nisto à razão de uma por dia em modo absolutamente libertário, forçosamente melancólico. O João desconhecia «Nuvens», a publicação que fizemos, com o Hoje Macau, para a Feira do Livro de Lisboa, em 2019, pelo que resolvi trazê-la a este céu cerrado. JPC

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